21 março 2011

O que distingue a Igreja Luterana da Igreja Católica?

Estátua do Doutor Martinho Lutero
Há muitas coisas que os luteranos e católicos têm em comum: a Bíblia, os credos, O Pai Nosso, a Ceia do Senhor, o Baptismo, e grande parte da liturgia usada no Culto. Depois de Martinho Lutero ter sido excomungado da Igreja Católica, os que o seguiam decidiram manter da Igreja Católica, as coisas que estavam correctas e verdadeiras. Os Reformadores Luteranos apenas rejeitaram as crenças e práticas que não eram bíblicas. Uma percentagem significativa dos membros da nossa Igreja Luterana são ex-católicos, o que mostra que não temos nenhum sentimento negativo em relação às pessoas católicas. O que nós não concordamos é com os ensinamentos da Igreja Católica que não são baseadas na Bíblia.

Diferenças significativas entre a Igreja Católica e a nossa incluem: o papado, a natureza e o papel da Virgem Maria, a invocação dos santos, a doutrina da transubstanciação, o purgatório, o uso dos apócrifos e da tradição como fontes de doutrina, assim como a justificação por meio de uma combinação da fé em Cristo e das boas obras.
Como luteranos, gostamos de falar sobre o perdão dos pecados que temos em Cristo. Se as pessoas perceberem que têm completo perdão através de Cristo, vão ver porque não pode haver purgatório para os cristãos. Se eles compreenderem que todos nós somos filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo, vão entender por que nós não precisamos orar por santos como mediadores.

Diferenças

1. A autoridade das Escrituras.
Os luteranos crêem que somente a Escritura tem autoridade para determinar a doutrina. A Igreja Católica Romana dá essa autoridade também ao Papa, à Igreja, e a certas tradições da igreja.

2. A doutrina da justificação.
Os luteranos crêem que uma pessoa é salva pela graça de Deus somente através da fé em Cristo. A Igreja Católica Romana, embora às vezes use uma linguagem parecida, oficialmente ainda sustenta que a fé, a fim de salvar, deve ser acompanhada por alguma "obra"ou "amor" activo dentro de um cristão.

3. A autoridade do Papa.
Ao contrário da Igreja Católica Romana, os luteranos não acreditam que o ofício do papado, como tal, tenha qualquer autoridade divina, ou que os cristãos precisem de se submeter à autoridade do Papa como "verdadeiros" membros da igreja visível.

4. As diferenças continuam sobre o número e a natureza dos sacramentos.
Os luteranos acreditam que o corpo e o sangue de Cristo estão verdadeiramente presentes na Ceia do Senhor, mas eles não acreditam, como crêem os católicos, que o pão e o vinho, são permanentemente "transformados em" corpo e sangue de Cristo [transubstanciação].”

5. As diferenças continuam sobre o papel da Virgem Maria e dos santos.
Ao contrário de católicos, os luteranos não acreditam que seja bom ou bíblico oferecer orações a santos ou considerar a Virgem Maria como um "mediador" entre Deus e os seres humanos.

Enquanto os luteranos acreditam que qualquer erro doutrinário tem o potencial de distorcer ou negar o ensino da Escritura a respeito da salvação, também acreditamos que alguém (independentemente da sua filiação denominacional) que verdadeiramente crê em Jesus Cristo como Salvador será salvo.

Na sequência do que está escrito anteriormente, a Igreja Luterana motiva a leitura da Bíblia Sagrada, permite o casamento dos seus Pastores, e distribui a Comunhão (pão e vinho) a todos os seus membros.

Do mesmo modo, como herdeira da Igreja Cristã Ocidental, na sua liberdade cristã, e para que tudo se faça com decência e ordem, mantém e observa certos costumes tradicionais, como padrinhos de baptismo, uso de hóstias na Santa Ceia, comunhão reservada aos seus membros, confissão e absolvição, vestes litúrgicas, o sinal da cruz, o crucifixo no altar, a observância do ano eclesiástico.

6 Comentários:

Anónimo disse...

nossa igreja católica não é separada como o protestantismo e se não acreditam na virgem como mãe de Deus também não acreditam em Deus pois Izabel quando disse a maria que ela era mãe do senhor ele estava cheia do espírito santo, então foi o próprio espírito que disse e não o papa ou qualquer pessoa da igreja Católica Apostólica Romana!!!

Gustavo Henrique disse...

Maria mãe de Deus? Por acaso Deus (Pai, Filho e Espírito Santo) tem mãe? Como uma criatura consegue ser mãe de seu criador?

O termo “Mãe de Deus” foi proclamado no ano 431 conforme o Concílio de Éfeso.

O fato de que Maria não é mãe do Jesus-Deus e, portanto, não pode ser mãe do próprio Deus, fica ainda mais explícito em outra passagem de Hebreus: “Sem pai, Sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre” (Hebreus 7:3). Esse versículo simplesmente detona com o catolicismo. Ele diz de modo bem claro e explícito que o Jesus-Deus, “que permanece sacerdote para sempre, não tendo princípio de dias nem fim de vida”, Não tem mãe Ora, é óbvio que Maria é mãe de Jesus, isso é dito em inúmeras passagens. Mas então de qual Jesus o autor de Hebreus poderia estar se referindo? Do Jesus-Divino, aquele que é o Verbo, o “que era, o que é, e o que há de vir”, que existia antes da fundação do mundo.

Anónimo disse...

Em hebreus 7,3 o hagiógrafo compara o sacerdócio de Melquisedec ao sacerdócio do Filho de Deus. Para tanto, realça a identidade de Jesus com Deus. Deus por natureza divina não tem origem. O autor de Hebreus ao lembrar que Malquisec aparece nas Escritórias sem ter citada a sua origem, temos de concordar, de forma nenhuma quer dizer com isso que Melquisedec é Deus. Com certeza, Melquisedec possuia efetivamente uma mãe e um pai, porque um de nós. O que o autor de Hebreus quer indicar é que a aparição sem origem é que reporta ao divino. Não é Melquisedec que deve ser associado a Deus, mas a sua forma de ser introduzido na história bíblica. O autor de Hebreus não está aqui discutindo outra questão senão aquela de que para ser sacerdote é necessário ter a divindade. Porém, Jesus se faz homem e assume a natureza humana. Jesus passa a ter uma vida humana, com origem e genealogia humanas. Jesus por participar da mesma natureza divina não tem origem. Por participar de uma natureza humana tem origem. Por sua identidade com Deus, ao se fazer homem, Ele se torna o único sacerdote entre Deus e os homens, porque faz a ponte perfeita entre os que possuem uma natureza humana e uma natureza divina. O sacerdócio de Jesus é uma realidade intrínseca ao seu próprio ser. Cristo é sacerdote e é para sempre porque jamais deixará de ser homem. Na ressurreição dos mortos conviveremos eternamente com um Deus que também é homem. No paraíso dobraremos nossos joelhos diante de Jesus, Deus e homem. Em suma, Deus só se torna homem porque Maria dá a Deus uma natureza humana. Antes Deus não possuía natureza humana, antes Ele não tinha mãe. Por Maria Ele passa a ter uma natureza humana e uma mãe. Maria, como qualquer mãe, não cria a natureza humana de seus filhos e filhas. Maria, embora uma mãe muito especial, também não cria a natureza divina de Jesus. Maria é apenas o instrumento na mão de Deus para que Jesus possa ser o sacerdote perfeito, Aquele que em uma só Pessoa (o Filho de Deus) una o céu e a terra. A crença da Igreja Católica de que Maria é mãe de Deus é uma crença Cristocêntrica. Ao afirmar que Maria é mãe de Deus, a Igreja testemunha que Jesus é tão homem quanto é Deus. Dessa forma o sacerdócio de Jesus se realiza em plenitude. Antes de achar absurdo que uma mulher possa ser mãe de Deus, teria-se de achar absurdo acreditar que Deus se torna um homem para toda a eternidade. Quem aceita, com todas as suas consequências, que Deus se tornou homem não vê mais nenhum problema em aceitar que Deus passa a ter uma mãe, uma das consequências da encarnação do Verbo Divino.

Unknown disse...

falou tudo anonimo o outro que nega que maria e mae de Deus vai estudar,pois vc nao sabe nada

Unknown disse...

Está certíssimo

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.