23 julho 2011

Salmo 31

  1. Em ti, Senhor, confio; nunca me deixes confundido. Livra-me pela tua justiça.
  2. Inclina para mim os teus ouvidos, livra-me depressa; sê a minha firme rocha, uma casa fortíssima que me salve.
  3. Porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza; assim, por amor do teu nome, guia-me e encaminha-me.
  4. Tira-me da rede que para mim esconderam, pois tu és a minha força.
  5. Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me redimiste, Senhor Deus da verdade.
  6. Odeio aqueles que se entregam a vaidades enganosas; eu, porém, confio no Senhor.
  7. Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias.
  8. E não me entregaste nas mãos do inimigo; puseste os meus pés num lugar espaçoso.
  9. Tem misericórdia de mim, ó Senhor, porque estou angustiado. Consumidos estão de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu ventre.
  10. Porque a minha vida está gasta de tristeza, e os meus anos de suspiros; a minha força descai por causa da minha iniquidade, e os meus ossos se consomem.
  11. Fui opróbrio entre todos os meus inimigos, até entre os meus vizinhos, e horror para os meus conhecidos; os que me viam na rua fugiam de mim.
  12. Estou esquecido no coração deles, como um morto; sou como um vaso quebrado.
  13. Pois ouvi a murmuração de muitos, temor havia ao redor; enquanto juntamente consultavam contra mim, intentaram tirar-me a vida.
  14. Mas eu confiei em ti, Senhor; e disse: Tu és o meu Deus.
  15. Os meus tempos estão nas tuas mãos; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos que me perseguem.
  16. Faz resplandecer o teu rosto sobre o teu servo; salva-me por tuas misericórdias.
  17. Não me deixes confundido, Senhor, porque te tenho invocado. Deixa confundidos os ímpios, e emudeçam na sepultura.
  18. Emudeçam os lábios mentirosos que falam coisas más com soberba e desprezo contra o justo.
  19. Oh! Quão grande é a tua bondade, que guardaste para os que te temem, a qual operaste para aqueles que em ti confiam na presença dos filhos dos homens!
  20. Tu os esconderás, no secreto da tua presença, dos desaforos dos homens; encobri-los-ás em um pavilhão, da contenda das línguas.
  21. Bendito seja o Senhor, pois fez maravilhosa a sua misericórdia para comigo em cidade segura.
  22. Pois eu dizia na minha pressa: Estou cortado de diante dos teus olhos; não obstante, tu ouviste a voz das minhas súplicas, quando eu a ti clamei.
  23. Amai ao Senhor, vós todos que sois seus santos; porque o Senhor guarda os fiéis e retribui com abundância ao que usa de soberba.
  24. Esforçai-vos, e ele fortalecerá o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor.

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